Estádios da Huíla apresentam irregularidades

As obras dos estádios de Nossa Senhora do Monte e 11 de Novembro, o último pertença do Benfica Petróleos do Lubango, que serviram de apoio às selecções que estiveram no Grupo D do CAN´2010, já começaram a apresentar alguns constrangimentos. O "Jornal dos Desportos" constatou que os referidos estádios começam a apresentar deficiências estruturais que podem perigar inclusive a vida de quem diariamente os utiliza.

No Estádio de Nossa Senhora do Monte, cuja gestão foi adjudicada ao Clube Desportivo da Huíla, as deficiências são notáveis a olho nú. Quando chove, por exemplo, a água entra no edifício central, como se não existisse tecto. Há imensas fissuras, principalmente nas chapas de cobertura, o que demonstra, por um lado, que a obra não foi executada com perfeição, e por outro, que a empresa fiscalizadora não cumpriu devidamente o seu papel. A empreitada foi entregue à empresa Omatapalo.

Já a Top Sul foi a fiscalizadora da obra, entregue às portas da competição, tendo sido louvada pelo grau de intervenção que ela mereceu, comparando com o estado degradante em que se encontrava. Porém, a verdade é uma: as águas da chuva jorram no interior do edifício como torneiras de alta pressão. Já no estádio 11 de Novembro, pertença do Benfica do Lubango, uma parte do compartimento administrativo pode ceder a qualquer momento.

Por detrás da baliza do lado Sul, foram construídas algumas dependências que serviram de apoio aos jornalistas, atletas, técnicos, médicos e outros por altura do CAN’2010. Segundo apuramos, parte deste edifício ameaça ruir, pois, existem inúmeras fissuras que fazem prever que as paredes podem desabar a qualquer altura. A Mega-Construções foi a empreiteira da obra, que teve como fiscalizadora a empresa Lupa.

EMERGÊNCIA
O "JD" soube que a direcção do Ministério da Juventude e Desportos da Huíla convocou uma reunião de emergência com os seus parceiros, nomeadamente a Direcção Executiva do COCAN local e as direcções das empreiteiras e empresas fiscalizadoras. O encontro, no dizer da mesma fonte, pode acontecer hoje, quarta-feira.

O nosso jornal tentou ouvir os representantes das empreiteiras e empresas fiscalizadoras das respectivas obras mas, infelizmente, não teve sucesso. Contudo, face à gravidade da situação, a estrutura governamental, no caso a direcção do Minjud, predispõe-se a dar um "puxão de orelhas" aos prevaricadores.

SG em exercício da FAF
acredita na qualificação do Petro

O secretário-geral em exercício da Federação Angolana de Futebol (FAF), Jorge Mário Fernandes, manifestou-se crente na qualificação das equipas angolanas à fase de grupos das competições africanas, Liga dos Campeões e Taça da Confederação, apesar da derrota (0-2) do Petro de Luanda, domingo, diante do JS Kabylie da Argélia.

Em declarações à Angop a propósito dos encontros da primeira-mão da última eliminatória, o responsável disse que ambos os clubes (Petro de Luanda e 1º de Agosto) têm possibilidades, a julgar pelas suas qualidades e apelou à direcção dos tricolores no sentido de trabalhar afincadamente para reverter a situação na corrida à XIV edição da Liga dos Campeões Orange CAF.

Na sua opinião, o Petro de Luanda tem um conjunto que pode superar a desvantagem, pois tem demonstrado isso nos últimos tempos com boas exibições. Quanto ao 1º de Agosto, Jorge Mário Fernandes, igualmente presidente do Conselho Central de Árbitros da Federação Angolana de Futebol, referiu que tem maiores probabilidades de atingir os objectivos, face à vitória (2-1) obtida no terreno do Coton Sport de Garoua dos Camarões.

"Não é fácil ganhar em casa do adversário e sobretudo nos Camarões, um país forte no continente africano. Apesar disso, o 1º de Agosto não deve adormecer com o resultado. Terá de fazer melhor do que na primeira-mão, já que vai jogar em casa onde será apoiado pelo seu público", defendeu Jorge Mário Fernandes. O Petro Atlético de Luanda, campeão nacional, joga a segunda-mão no dia 9 de Maio, no Estádio da Cidadela, em Luanda, enquanto o 1º de Agosto (vencedor da Taça de Angola) entra em acção 24 horas antes, no mesmo recinto.


Fonte: JOrnal dOs DespOrtOs